quarta-feira, 6 de maio de 2009

Três pontinhos...

Contam-me histórias da vida de quem não a tem e pedem às cordas de um instrumental silêncioso que se curvem nos trastos que já não sopram. Deambulam pelas selvas do desassossego e o pecado da Razão fala mais alto. Quando abrem os olhos, não os têm e quando os fecham desaparecem por completo. São brumas no passado que se arrasta no tempo e quando acreditam, voltam sob o efeito de madrugada. No fundo, nada existe. Este jogo sou eu. És tu. Nós nestas fragas que se esculpem num roxo distraído. Voluptuosas e sangrentas entre essas ironias de espelhos quebrados. As teclas do piano soltam-se com sussurros e segredos. O vulto do passado vive em nós. Somos assim.

[...Talvez...]

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