quarta-feira, 6 de maio de 2009

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Onde a saudade se instala e as palavras desaparecem, sufocadas pelo que não se sente e pelo que deturpa razões e harmonias, o culminar de todas as sensações é o choro de melodias que não se explicam. No peito, estacas cravadas com sangue desfalecido.. Nos olhos, lágrimas que não saram... Nos dedos, sujidade alheia que chega pela dança do tempo que sorridente nos embala em canções de pecado... Nas veias, memórias entrelaçadas em quadros deixados em branco onde o furor de um passado se derreteu outrora, se esqueceu por medo, cume da desgraça... No todo, um nada... Perfeito, insensato e harmonioso... Perfeito... Lá fora estão as mulheres vestidas de negro e no topo daquele monte, onde não existe profecia, ela senta-se sozinha e contempla a vida com os seus pés... Diz adeus à morte e morre assim até viver...

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