domingo, 31 de maio de 2009
Articula nessa mente o abstracto que tanto insistes em cunhar. De pouco importa quando a sujidade não deixa ferir. Transcende a tua ruína nessa sodomia de mentira, nesse coito desse célebre pensamento. Deixa o cuspo que te arrasta o veneno na pele saboriar cada poro da tua inocência. Toma a posse do cravo que nunca te dei e do punho que te cobre o ventre, rasga a pele que te prende, despe essa mascote de mentiras sórdidas que teu mundo entende e estende a mão para cobiçar esse saber, parte para lá do que julgas conhecer e escreve a sangue, a recheio de carne, nesse sabor insano do que te desenha ninguém. Cobre o ópio, alimenta-te do pó. Talvez na morte esse paladar se cumpra no esconderijo do surrealismo real, nessa preguiça castiça de boémia e falsidade azul. Essa sim que tanto te alimenta, algures entre o não ter nascido e o não ter pelo que viver.
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