segunda-feira, 4 de maio de 2009

E... Oh, tão bem me lembro! Lá estava eu. Encostado sempre àquela árvore sempre despida (como tanto gosto ainda dela!) , apenas entregue ao calor dos verões que aí passava ou à geada dos invernos em que me aventurava na neve... Tudo parado... Um qualquer espaço, um qualquer tempo... Nada! E, de repente, lá vinhas tu. Sempre sorridente. Forte e sabida pelos anos que passavam e com a ternura no olhar encantado tão só teu... Eu levantava-me. Caía-me o chapéu. Desajeitado (como sempre fui), tentava limpar-me e entre o toc toc das coisinhas que caíam e o fff fff das minhas mãos a afastar as impurezas das minhas roupas, venciam as palavras: "Aqui tens para te entreter, pequenino!". Um abraço ficou gravado dessa última vez que te olhei. Entre chamas cientes do fim e lutadoras da continuidade, como de um único começo se tratasse. Sempre assim na minha memória e no meu coração. Leva-las todas cerradas na tua essência e aqui ficará somente um esboço do que me lembrei hoje e resolvi partilhar porque, afinal, somos eternos e certamente também tu, um dia, tais palavras irás ler [sendo que, sim, acredito que neste momento tenho composto sorriso porque sei que as tens já em teu ser].

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