Um esboço de figuras quadradas,
Pinturas de céu em cores inexistentes,
Um ponto infinito no canto superior do jardim,
Aquele que ultrapassa qualquer limite do papel.
Uma sombra que parece a madrugada,
Uma bola lançada por uma criança que caiu.
Um sorriso apontado pela mãe que a mima,
Um grito de amor de alguém que já partiu.
Na saudade, um abraço de dois seres que não se conhecem.
Um rápido entrelaçar de sonhos e conhecimento da foz.
A foz que flui sem medo entre os dedos de cada um,
Numa lápide da vida que sopra por nós.
Uma página de lições contadas por um mestre a um discípulo
Caída no chão pelo desassossego da dor
Talvez a revolta de ter estado em perigo
Na encruzilhada da vida de um "eu" salvador.
Uma gravura no canto inferior esquerdo
Com duas mãos a tocar-se e dois olhos de amor.
Um perfil único pela união dos corpos.
A dança da vida, o ritmo predador.
Lá longe um corvo dado,
Ao canto, uma vontade, um refúgio, letal clamor
No cume tétrico a liberdade,
Neste branco de nada e de tudo em redor
13-01-07
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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2 comentários:
é... poeta amor.
lol
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