segunda-feira, 28 de abril de 2008

Cálices erguidos, silêncio matinal

Qual verdura errada que não acarta paz, consciência ou sabedoria, vergonha de ser quem sou quando quem sou é a maior certeza que me resta? Qual falácia comportamental e torpe que me transmite a verdura ignóbil de algo que sou porque é isso que me caracteriza na parte que a isso, em mim, se associa? Qual cruzeiro de poder, enaltecer o valor de outros que vivem nús e cheio de poeiras, cuspindo nos cálices da humanidade só por pertencer a essa maioria?

Que se desenhem, pintem, esculpem quadros e raízes frívolas, de ausência, nesses estratos de classes e hierarquias de tudo e nada, são questões forasteiras que me importam lá fora mas que se dissolvem ainda antes de me perfurar a mim, mas que me ditem medos e agonias tirando-me o que de melhor tenho de eu para mundo, no que o mundo melhor tem de si para mim, bastará um peito erguido de coração quente e protegido pela certeza de que quem sou ser verdadeiro e que mesmo na morte valerá mais tão somente por essa razão!

Se o grito? Por vezes é-me calado. Se me dói? É dor das facadas do deliberado. Se me condeno? Não!

Imperfeções todos a temos, abismos, só quem os alimenta e desses, sim, tenho vergonha. Vergonha por pisarem o chão que piso e por tudo o mais desmoronar por sua única e tão transparente estupidez!

4 comentários:

Liz disse...

gostei da conclusao, mas achei bastante triste...

Corvi Umbra disse...

Armas, my dear, armas.

David disse...

grita o q tens ai dentro, bro. tds sabemos q levas vendavais atras! e eu estarei la pa gritar ctg!

Corvi Umbra disse...

Atrás, à frente, pelos lados... -P