Braille de nadas num olhar sombrio
Sobre o leito das flores engasgado
Como o sol à noite embalsamado
Nessa cortina assim fugiu.
Uma dança de sonho no gelo esguio
Pela turbina do céu aconchegado
Uma miragem nas nuvens de sangue frio
Uma palavra vazia do mau olhado...
Formas essas esculpidas de pecado
Entre relâmpagos satíricos de heresia
Nessa asa que fica no ideado
Na nau ferida em fantasia
Num escárnio tétrico se ria
Num mar de chamas devaneado
Morrendo assim mais um dia
Na diafaneidade do sagrado
Sobre o leito das flores engasgado
Como o sol à noite embalsamado
Nessa cortina assim fugiu.
Uma dança de sonho no gelo esguio
Pela turbina do céu aconchegado
Uma miragem nas nuvens de sangue frio
Uma palavra vazia do mau olhado...
Formas essas esculpidas de pecado
Entre relâmpagos satíricos de heresia
Nessa asa que fica no ideado
Na nau ferida em fantasia
Num escárnio tétrico se ria
Num mar de chamas devaneado
Morrendo assim mais um dia
Na diafaneidade do sagrado
Escrito em 19.06.03
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