quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Na minha vida de boémio fuma-se cigarrilha, cruza-se a perna, solta-se frases de whisky na mão, entrelinhas com um pouco d'ópio, respira-se ar de sexo, de pornografia, de filias várias de senso impróprio e rasurado numa sociedade de pseudo-heréticos que se regem pela ironia. Atam-se chicotes à cintura para dominar as fêmeas, cospe-se um pouco mais além num bacio de prata recheado de tilitares de moínho. Enrolam-se cartuchos de filosofia barata misturada com um pouco de canabis e heroína, uns quantos livros de surrealismos de bronze em esferas letais de ligações químicas de adrenalina - o furor orgásmico do só, do tudo - e rasgam-se profissões, rasgam-se conhecimentos futuros, lazeres de instância e conexões sociais. Vive-se apenas na nau dos tempos do todo que nos leva a lado algum.

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