Perguntas Parvas? Mais uma das modas! Mas de facto, com um sistema geral que nos condiciona e nos molda num padrão não admira que a precariedade mental linguístico-cognitiva esteja também ela neste lindo estado. As pessoas não raciocinam, extraiem conhecimentos colados a cuspo e a prova é aquilo que todos nós conhecemos porque todos nós acabamos por o fazer:
Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na tua cama, com a luz apagada e perguntam:
– Estás a dormir?
– Não. Estou a treinar para morrer!
Quando levamos um aparelho electrónico para a manutenção e o técnico pergunta:
– Está avariado?
– Não. É que ele estava farto de estar em casa e eu trouxe-o a passear...
Quando está a chover e vais sair de casa, perguntam:
– Vais sair com esta chuva?
– Não, vou sair com a próxima…
Quando acabas de te levantar, vem um idiota e pergunta:
– Acordaste?
– Não. Sou sonâmbulo!
Quando um amigo teu liga para tua casa e pergunta:
– Onde estás?
– No Pólo Norte! Um furacão trouxe a minha casa para aqui!
Quando acabas de tomar banho e alguém pergunta:
– Tomaste banho?
– Não! Dei um mergulho no vaso sanitário!
Quando estás a pescar, alguém passa e questiona:
– Pescaste todos esses peixes?
– Não! Esses, são peixes suicidas que se atiraram para o balde!
Quando estás na paragem d'um autocarro, alguém te reconhece e pergunta:
– O que estás a fazer aqui?
– Estou à espera do metro para ir para casa!
Quando estás na caixa e tiras um talão de cheques e o caixa olha e pergunta:
– Vai pagar em cheque?
– Não! Vou escrever um poema nesta folhinha!
Quando acabas de olhar para o relógio e alguém te pergunta:
– Viste as horas?
– Achas!? Estava a ver a novela!
Quando estás a ir com uma bola para um campo, alguém pergunta:
– Vais jogar?
– Não, vou estourar pipocas!
Quando pedes para uma pessoa assinar um documento e ela diz:
– Assino o meu nome?
– Não, assine uma fórmula química qualquer…
Quando alguém tem um acidente e vai para o hospital:
– Está a sentir-se bem?
– Claro, vim só ver se aqui nevava...
Quando telefonas a um(a) amigo(a) e explicas que não foste ao cinema porque foste ao funeral do teu tio:
– Oh! O teu tio morreu?
– Nãaaaaaaaaaaaaaao! Achas? Nós só fomos la ensaiar.. para quando ele morrer não chorarmos fora de tom...
Está alguém a andar a volta do Santuário de Fátima de joelhos e alguém pergunta:
– Está a pagar promessa?
– Não não. Estou só a fazer esfoleação aos joelhos.. tirar as células mortas...
Estás a passear algures e de repente alguém vê-te e pergunta:
– Estás aqui!?
– Não, sou uma miragem, não vês que estou ali?
domingo, 25 de outubro de 2009
A força do vício
Há quem vicie nas quintinhas maravilha do facetretas e adquira aquilo para actividades impróprias e de carácter totalmente desconhecido para a minha inocência cristalina, eu cá chego praticamente aos 600 amigos, sem conhecer nem um terço, só para conseguir virar vampiro mafioso a ver o tempo passar enquanto toco em botõesinhos mesmo feios para evoluir drasticamente até ao nível infinito de 1 em 1%. É mesmo de quem (PARECE) não ter mais nada para fazer!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Na minha vida de boémio fuma-se cigarrilha, cruza-se a perna, solta-se frases de whisky na mão, entrelinhas com um pouco d'ópio, respira-se ar de sexo, de pornografia, de filias várias de senso impróprio e rasurado numa sociedade de pseudo-heréticos que se regem pela ironia. Atam-se chicotes à cintura para dominar as fêmeas, cospe-se um pouco mais além num bacio de prata recheado de tilitares de moínho. Enrolam-se cartuchos de filosofia barata misturada com um pouco de canabis e heroína, uns quantos livros de surrealismos de bronze em esferas letais de ligações químicas de adrenalina - o furor orgásmico do só, do tudo - e rasgam-se profissões, rasgam-se conhecimentos futuros, lazeres de instância e conexões sociais. Vive-se apenas na nau dos tempos do todo que nos leva a lado algum.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Expliquem-me o fenómeno por favor. Aparentemente um cartão como qualquer outro. Talvez mais ridículo e um pouco mais limitado por ser para «várias gerações» (adorava ter avó para lhe dar um!) mas aparentemente um cartão como qualquer outro. É engraçado. Já podemos ir ao supermercado, no meio de um traje cor-de-rosa com maiô e collants, qual deles mais chocante, numa aberração de categoria, com pochete igualmente carimbada e recheada de pinkinhas que fazem meow meow nas cabeças dos demais, e apresentar o nosso cartão maravilha com o carimbo na chapa do «vamus xer xweets!»).
Mas não fica por aqui. Que tal um cartão para os gogos mais fofinhos?
Mas não fica por aqui. Que tal um cartão para os gogos mais fofinhos?
Não é tão giro? «Let's be depressive with meow meow's painted in pink! Yay xD». Será, no mínimo, a minha próxima aquisição. Só não fui antes porque o meu gato mais novo watranhou a moda e ficou traumatizado. Quando os bigodes deixarem ele diz que me larga e logo poderei tratar da coisa (destruir todos os que me aparecerem à frente!)
Pergunto-me sobre o que terá acontecido para a recente emancipação feminina na Carris. Aos poucos tenho assistido a uma maior frequência das mulheres ao volante dos famosos carros amarelos de extensões alargadas. Tem-me agradado. Devo ter uma fantasia qualquer que me faz sentir agradado por as ver nessas caixinhas a lutar pela igualdade (ou até mesmo superioridade) daquilo de que são capazes, daquilo que têm tanto ou mais que aqueles que as denigram. Porém, confesso que não compreendo o fenómeno. Afinal, todos criticam estupidamente a condução das mulheres. São assim, são assado, não prestam. A bem dizer, nas mentes ainda muito sãs do tradicionalismo fascista da identidade, do género, da sexualidade, do ser, aquilo que sobra é tão só a mulher não poder ultrapassar o financiamento do homem, a mulher não dever deixar as criaturas pequeninas com o pai em circunstância alguma e sobretudo a mulher não poder ser melhor em qualquer outra coisa que não os lençois, que não o vale do prazer machista também ele presente nas mentes femeninas do mundo ainda de hoje. No entanto, acontece. Acontece e fere saber-me a entrar numa dessas caixinhas e as pessoas olharem de lado. Ainda haver quem olhe de lado. Ainda haver quem aponte o dedo. Ainda haver quem não entenda. Ainda haver quem não entenda que alguém entenda. Ainda haver o que há. Fere. Mas apraz sabê-las lá e sabê-las com a força de vontade para amparar os golpes da cidade, do Homem, do mundo, do tempo. Quando as vejo, o meu pára. Pára e saboreia-se a si mesmo. Ouvem-se os sorrisos da glória nas entrelinhas do que são, do que sentem, do que fizeram, do que as trouxe a evolução. Sim. Do que trouxe o tempo.
Eléctrico
Bus
Porque é merecido estar aqui!
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Ele olha para trás e por detrás do cal gasto pelos anos encontra as palavras do suga-vidas em vermelho-bordeaux-pimenta-de-prata:
O avião partiu e o rosto de luz ficou-te na mão.
No buraco além, onde jaz a mesa da corrida, encontra-se apenas o apito do árbitro que comanda o batalhão. Nada. Apenas os lugares secos de quem já não pode voltar. As memórias do que fica a cada copo bebido do olhar de irmão, das memórias da glória que o fizeram perdurar. O caminho da morte sobre fios que o fizeram cair preso ao destino. Nada. Nada que era no nada em que estava. Nada. Um comboio de impurezas raras que o mantiveram vivo mesmo quando o baú se desenhara por acabar...
O avião partiu e o rosto de luz ficou-lhe na mão...
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
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