vencível
mas com uma garra e uma resistência admiráveis. Lutaste até ao fim,
caminhaste até não poder mais, estiveste sempre, sempre, sempre no alto
da luta. Aguentaste todas e quaisquer espécies de dores, todo e qualquer
jogo de palavras, todo e qualquer turbilhão de dor derivado das
atitudes também elas do mais senil possível e mesmo assim não
condenaste, não valorizaste qualquer chuto na barriga e continuaste, num
escudo muitíssimo bem elaborado, a amparar golpes. Hoje, ao contrário
do que já ouvi, não acredito que tenhas perdido uma batalha, acredito,
sim, que perdeste uma guerra. Uma guerra fria, triste, injusta. Uma
guerra que mesmo sabendo que a ias perder, nunca te fez desistir. Hoje,
cunhaste no mundo um nome que quero que seja sabido, reconhecido e
admirado pelo grande exemplo que foste enquanto pessoa, enquanto mulher,
enquanto esposa, enquanto Mãe, enquanto doente e enquanto alma. Quero
vir um dia a ser metade da mãe que foste para mim e dar ao mundo metade
do que tu deste. Tudo o resto é um bónus. Se um dia me puder sentir
orgulhoso de mim, à tua imagem, como me sinto de Ti, terei traçado o
caminho devido e poderei partir em paz para onde quer que estejas.
Voltaremos a estar juntos mesmo que do nada se trate nesse novo mapa em
que aterraste. Um grande, grande bem haja por quem és, Mãe!
20-10-2012
20-10-2012
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