terça-feira, 10 de novembro de 2009

Lugares ao sol

Ponho um pé unido ao outro
(como se saltinhos desse)
E envolvo-me na paz da Noite,
Canto-me sem quaisquer palavras
E balanço no silêncio eterno
Em que aquele mundinho insiste em ficar.

Adapto-me a um sonho,
Com o sol em meu redor,
Como se luz tivesse em ouro,
Como se tudo mais fosse furor.

E encanto-me nas escadas que não existem
E oiço as marés sempre gritar
Pedindo sonhos aos que resistem,
Pedindo vida além mar

E das horas que sei que ali vivi
Não perdi qualquer momento
A liberdade desde então jaz em mim
São palavras, um sentimento

E com os cobertores em mim envoltos
Adormeço na luz que eles são
Abençoada pelas palavras sem corpos
A partitura do coração

De diante uma gaivota
O toque do rei-luz em toda a verdade
Voa em mim em tons de corvo
Em lugares ao sol, uma saudade.


Data:
Escrito algures lá atrás no tempo...


Sem comentários: